domingo, 4 de dezembro de 2011

Outras casas e Torre de Babel.


Outras casas!





A Torre de Babel. 

 Você conhece a história?

















Aprendemos sobre as diferentes formas de morar nas culturas e conhecemos a história da Torre de Babel.
Depois, terminamos os desenhos e compartilhamos sobre nossas casas!








Ateliê de Artes para Crianças – 2° Semestre/2011.
SOBRE A TORRE DE BABEL
Vivian Palma Braga dos Santos

A história da Torre de Babel é narrada no texto bíblico do Antigo Testamento, no livro de Gêneses, capítulo 11, versículos 01 ao 09. Segundo o texto, após o dilúvio que destruiu a todos e preservou apenas a família de Noé, a terra era “toda duma mesma língua”, o que nos fazer ententer que todos andavam juntos. Assim, todos partiram do Oriente (v. 02) e encontraram um vale onde habitar. Neste, iniciaram a construção de uma cidade e de uma torre que tocasse os céus, a fim de fazerem um nome e não serem espalhados pela terra.
Porém o Senhor, ao descer dos céus para ver as edificações desses homens, indignou-se contra o objetivo por eles traçado e confundiu suas línguas, para que não se compreendessem. Por causa disto, eles foram espalhados pela face da terra, deixando de construir a cidade e a torre.
Embora o acontecimento tenha sido denominado de Torre de Babel, nenhum registro de tal tipo é referenciado no texto bíblico. A torre tomou este nome pois foi edificada na cidade de Babel, localizada (supostamente) entre os rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia.
A metáfora da torre de Babel passou então a ser empregada como sinônimo de discórdia, de descompasso sobre uma opinião.
Por aperecer como evento isolado em meio as genealogias de Noé e de seus filhos, a interpretação do signficado da destruição da torre que deveria chegar aos céus ganhou diversas explicações, bem como diversas representações. Muitas destas, como no caso das de Bruegel perpassam por uma leitura da arquitetura “original” peneirada por modelos clássicos vistos pelo pintor quando de sua viagem à Roma.
Apesar das diferenças imagéticas, o ponto crucial da torre era o fato de se tratar não apenas de uma construção vertical, mas que possuia, em seu trajeto rumo ao céu, edificações de casas que a compunham. Casas estruturadas sobre muros foram construções comuns na Mesopotâmia nos séculos a.C. Da mesma maneira  a Torre de Babel era formada por moradias sobrepostas, edificando uma torre.
É importante ressaltar ainda outras interpretações colocadas por Paul Zumthor, em Babel ou L’inachèvement (1970), citado por Geraldo Souza Dias, em sua livre docência. O autor francês defende que a separação das línguas diz respeito a abertura dos lábios, até o momento unidos. Outros, como Foucault, em As Palavra e as Coisas, ressaltam que é nesse instante que dá-se a separação entre homem e mundo. Argumento interessantíssimo quando nos voltamos aos trabalhos de Mircea Eliade quanto do mito e o real, e a crença mesopotâmica de um mundo terrestre e um mundo celeste, que foram separados, mas que certos pontos do plano perecível (terrestre) podem eventualmente restabelecer esse contato perdido.
Tomando pra si esses ou outros argumentos, alguns artistas trarão a temática da Torre de Babel em visualidade e significado. Escher, por exemplo, se debruçará no seu caráter quase irreal. Enquanto Geraldo Dias opta pelo aspecto estrutural e também simbólico.
No tocante a essa temática direcionada ao trabalho que será realizado no Ateliê, tendo como base a casa, proponho que todos esses amplos significados possam ser reservados, em favor de um envolvimento diferenciado, levando em consideração, sobretudo, a faixa etária dos alunos. Sendo assim, acredito que seria interessante incluir a história da construção da torre, partindo de outras várias sobre como outras culturas habitam os lugares. Talvez por meios de questionamentos possamos refletir sobre como é morar todos num mesmo lugar. Creio que essa proposta (da segunda aula) já nos fará pensar sobre a possibilidade da construção de uma casa conjunta, posteriormente.
Pensando nisto, poderemos abordar também os cortiços, além das outras culturas, possibilitando um pensamento de: como é morar numa casa onde não é apenas minha família próxima que mora? Como essa casa é organizada? Como ela é construída? A partir daí podemos propôr a atividade da casa/torre dos alunos. 















Aprendemos sobre as diferentes formas de morar nas culturas e conhecemos a história da Torre de Babel.
Depois, terminamos os desenhos e compartilhamos sobre nossas casas!

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